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Especialistas de saúde descartam realização do carnaval 2021 no Brasil em virtude da pandemia do Coronavírus
Brasil
Publicado em 18/11/2020

Especialistas e instituições de saúde descartam possibilidade de ter carnaval em julho do ano que vem, como decidido pela Liesa em plenário, na última segunda-feira, devido ao aumento de casos de covid-19 na cidade e a falta de uma vacina. Representantes da UFRJ e Fiocruz disseram, em audiência virtual da Comissão Especial do Carnaval da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que aconteceu no dia 6 de novembro, que apenas uma parte da população deve estar vacinada em julho do ano que vem e ainda não é possível prever uma data para o Carnaval 2021.

“Sou um defensor do carnaval, mas não há condições seguras para a realização do carnaval no próximo ano”, disse Roberto Medronho, coordenador do Grupo Técnico de Covid-19 da UFRJ.

A Fiocruz e o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para o Enfrentamento do Coronavírus da UFRJ elaboraram, a pedido do presidente da Comissão de Carnaval, Tarcísio Motta (PSOL), um parecer técnico sobre os parâmetros, indicadores e critérios que devem ser observados para a definição de eventual nova data para o Carnaval. Com relação à nova data para a festa, segundo o documento, “só deve prevalecer se for assegurada a segurança sanitária da população carioca, com imunização por vacina”.

A pesquisadora em saúde do Centro de Estudos em Gestão de Serviços de Saúde do COPPEAD/UFRJ e Membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ, Chrystina Barros, concorda que este não é o momento de pensar uma data para o evento.

“Infelizmente, é um absurdo, é lamentável pensar agora em qualquer data para o carnaval do próximo ano. Nós estamos em franca subida do número de casos novos da doença, apesar de parecer, até o momento, que a mortalidade tenha diminuído, quer seja pelo manejo, quer seja porque agora as pessoas mais novas estão contraindo a doença, mas ainda estamos perdendo muitas vidas”, afirmou.

A especialista ainda reflete sobre a possibilidade de um retrocesso na flexibilização.

“É completamente irresponsável, é impensável, não existe nenhuma certeza da própria vacina e não é hora de pensar em festa. Os números de caso estão aumentando em muito. Talvez fosse momento inclusive de retroceder com uma série de liberações e flexibilizações que já aconteceram”, explica Chrystina.

Tarcísio Motta (PSOL), presidente da Comissão Especial de Carnaval disse ao DIA, que o carnaval só pode ser realizado quando “tivermos segurança sanitária.”

“Enquanto a vacina não estiver disponível para toda a população, não teremos essa segurança. De acordo com a previsão dos especialistas, ainda não teremos um percentual significativo de pessoas imunizadas durante o primeiro semestre de 2021. É improvável que em julho a cidade possa realizar o carnaval”, afirmou Tarcísio.

FONTE: O DIA

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